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Crise hídrica se agrava em Minas; RJ e SP têm alívio

Felipe Frazão / Veja.com - 09/03/2015 às 15:22

Bote encalha na Represa Serra Azul, a mais crítica do Sistema Paraopeba - foto de 17/01/2015
Bote encalha na Represa Serra Azul, a mais crítica do Sistema Paraopeba – foto de 17/01/2015
As aguardadas chuvas de verão, mesmo acima da média, foram insuficientes para interromper a trajetória de queda das reservas de água em Minas Gerais, embora tenham dado um refresco à seca em São Paulo e no Rio de Janeiro nos dois primeiros meses do ano. Levantamento feito pelo site de Veja com base em dados dos órgãos que monitoram o nível dos reservatórios nos três Estados do sudeste brasileiro mostra, no entanto, que a gravidade da crise hídrica segue longe de ser superada.
Apreensivos, os governadores Geraldo Alckmin (PSDB), de São Paulo, Luiz Fernando Pezão (PMDB), do Rio de Janeiro, e Fernando Pimentel (PT), de Minas, possuem planos de racionamento na gaveta, mas hesitam em decretá-los. Eles devem esperar até o fim de março para reavaliar a situação das reservas e só tomar a decisão quando a estação chuvosa terminar. Além de obras urgentes e de planos como a interligação entre os sistemas Cantareira e Paraíba do Sul, os três governantes optaram, por enquanto, por fazer manobras na distribuição para evitar o desabastecimento completo, reduzir a pressão no período noturno e intensificar campanhas educativas. Em São Paulo, está em vigor um programa com sobretaxa em caso de consumo excessivo e bônus por economia – outra medida que Rio de Janeiro e Minas ainda avaliam.
A menos de um mês do fim da estação chuvosa, as reservas de água no Sudeste continuam muito abaixo da série histórica. A situação é ainda pior em Minas, onde o quadro se agravou entre janeiro e fevereiro. Os reservatórios da Região Metropolitana de Belo Horizonte podem entrar em colapso em junho ou julho, segundo a Companhia de Saneamento do Estado de Minas Gerais (Copasa). A Grande BH é abastecida principalmente por dois sistemas: o Paraopeba, formado por três reservatórios, e o Rio das Velhas, do qual a companhia retira água diretamente do leito. De 1º de janeiro a 1º de março, o volume de água nos reservatórios do Paraopeba caiu 3,1%.
Os três reservatórios abastecem juntos 2,3 milhões de pessoas. O Rio das Velhas atende a outras 2,4 milhões. Entre os reservatórios, o Serra Azul tem a pior situação, embora seja o único que se recuperou, em 2,1% de sua capacidade, nos dois primeiros meses do ano. Estava em situação agonizante no fim de janeiro, beirando o volume morto: sua represa tinha trechos com apenas um córrego visível. De lá para cá, a reserva aumentou e está em 9,3% da capacidade total, de 88 milhões de litros. A queda foi mais acentuada (6%) no maior dos reservatórios belorizontinos, o Rio Manso, que pode armazenar até 150 milhões de litros, mas operavava com 42,2% da capacidade até a última sexta-feira. O Vargem das Flores, da região de Betim e Contagem, tinha somente 30% do seu total de 43 milhões de litros. Sua represa perdeu no período 3,7 pontos porcentuais.
Para combater a crise, a Copasa iniciou uma campanha, no fim de janeiro, com objetivo de poupar em 30% o consumo de água. Mas a redução ficou em apenas 9,4% na Grande BH no primeiro mês – em todo o Estado, a economia foi menor, 7,4%.
Leia a reportagem completa no site de Veja.
Foto: Copasa/Divulgação

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